Justiça do Rio proíbe Torcida Jovem do Flamengo de frequentar estádios por dois anos

O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos (JET), ligado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou nesta terça-feira (16) o afastamento da Torcida Jovem do Flamengo de todos os eventos esportivos, de qualquer clube de futebol, por um período de dois anos. A decisão se estende também a associados e membros da organizada.

Segundo o tribunal, a medida foi baseada em informações repassadas pelo Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe), da Polícia Militar do Rio. O relatório aponta que integrantes da torcida, identificados pelo uso de uniformes da facção, participaram de tumultos, roubos, invasões de ônibus e confrontos em estações de trem no dia 31 de agosto de 2025.

Além da suspensão, o juízo rejeitou a homologação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 28 de agosto entre a Torcida Jovem, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Bepe, que permitiria o retorno da organizada aos estádios. Antes disso, a facção já havia assinado um “termo de adesão” que, na prática, viabilizava a volta às arquibancadas.

A determinação judicial, no entanto, atinge apenas a torcida organizada e não o Clube de Regatas do Flamengo. Outras seis torcidas do clube, entre elas a Raça Rubro-Negra, permanecem autorizadas a frequentar os jogos.

Essa não é a primeira punição aplicada à Torcida Jovem. Em setembro de 2021, a facção já havia sido suspensa por três anos em razão de episódios violentos ocorridos em 2015, incluindo tumultos em Macaé x Flamengo, pelo Campeonato Estadual, e confrontos registrados antes da partida entre Botafogo e Flamengo, dois meses depois.


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