Polícia prende “Fofão”, 5º suspeito de participar da execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes

O quinto suspeito de participação no assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi preso na manhã desta sexta-feira (19) em São Vicente, na Baixada Santista. Identificado como Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, ele teria atuado na logística da fuga dos criminosos após a execução.


Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), esta é a segunda prisão relacionada ao caso. Fofão teria dado carona para um dos envolvidos deixar a cena do crime. Na tarde de hoje, ele foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, para prestar depoimento.

“Conseguimos realizar a prisão de um novo indivíduo, que teve uma participação logística na fuga dos criminosos após o atentado”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Na quinta-feira (18), a polícia já havia prendido Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, suspeita de transportar da Praia Grande (SP) para a região do ABC um dos fuzis utilizados na execução. O imóvel onde a arma foi retirada foi identificado, e os investigadores vão ouvir todos que alugaram a casa recentemente, além do proprietário e do irmão dele, policial militar.

Outros três suspeitos seguem foragidos: Luiz Antonio Rodrigues de MirandaFelipe Avelino da Silva (conhecido como Mascherano) e Flávio Henrique Ferreira de Souza. Impressões digitais de Felipe e Flávio foram encontradas em um dos veículos usados na emboscada. “Ainda é cedo para apontar qual o papel deles no crime”, destacou Derrite.


O crime ocorreu na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande (SP). Fontes, de 64 anos, deixava a Prefeitura, onde atuava como secretário de Administração desde 2023, quando foi surpreendido por criminosos armados com fuzis. Após perseguição, o carro do ex-delegado colidiu contra dois ônibus e capotou. Em seguida, três homens encapuzados se aproximaram e efetuaram mais de 20 disparos, conforme informou o atual delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.

Fontes foi morto na hora. Ele estava armado com uma pistola 9 mm, mas não chegou a reagir. A trajetória dos carros usados na emboscada apresentou vestígios de tiros até as proximidades da Secretaria Municipal de Educação.

Ruy Ferraz Fontes era considerado um dos maiores inimigos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Foi ele quem, no início dos anos 2000, identificou Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, como líder máximo da facção. Também conduziu investigações contra ataques da organização em 2006 e defendeu a transferência das lideranças para presídios de segurança máxima.

Nos últimos meses, Fontes havia relatado preocupação com a falta de segurança pessoal e chegou a mencionar que investigava possíveis fraudes em licitações na Baixada Santista, o que pode ter motivado represálias

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