Marco Rubio não aplaude discurso de Lula em assembleia da ONU

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, não aplaudiu ao fim do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada na manhã desta terça-feira (23/9).


A fala do presidente brasileiro foi carregada de críticas aos “ataques sem precedentes” contra as instituições do Brasil. Na segunda-feira, quando a delegação brasileira já estava em Nova Iorque para comparecer à conferência da ONU, o governo Trump ampliou as sanções em retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.

“Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há 40 anos pelo seu povo, depois de duas décadas de governos ditatoriais. Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia”, destacou Lula.

Os EUA incluíram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, e cancelaram os vistos de autoridades como o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Lula também abordou temas caros para Rubio. O presidente brasileiro disse ser “inadmissível” que Cuba seja considerado um país “que patrocina o terrorismo”. Rubio é descendente de imigrantes cubanos e tem defendido ações contra o governo. Entre elas, o cancelamento de vistos de autoridades associadas ao programa Mais Médicos, incluindo familiares do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Além de Rubio, assistiram ao discurso do petista o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz. Bessent aplaudiu ao fim do discurso, mas Waltz não.


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