Justiça de SP decreta prisão de oitavo suspeito pela morte de ex-delegado-geral

A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de um oitavo suspeito de envolvimento no assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil do estado. O nome do novo investigado não foi divulgado pelas autoridades até o momento.


Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) informou que a investigação continua para prender todos os envolvidos. A polícia cumpriu novos mandados de busca e apreensão e ouviu testemunhas.

Até o momento, quatro pessoas foram presas e quatro investigados são considerados foragidos. As autoridades já divulgaram os nomes de sete pessoas e as fotos de seis suspeitos de participação na execução.

O ex-delegado, que atuava como secretário de Administração de Praia Grande, foi morto a tiros em uma emboscada em 15 de setembro, no litoral paulista.

Detalhes da investigação e suspeitos

A polícia divulgou a identidade de sete suspeitos, incluindo os quatro presos e os quatro foragidos. Entre os procurados, estão Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano no Primeiro Comando da Capital (PCC), cujo DNA foi encontrado em um dos carros usados no crime, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, que também teve o DNA encontrado em um veículo.


Luis Antonio Rodrigues de Miranda é suspeito de ter ordenado a uma mulher que buscasse um dos fuzis usados no crime, enquanto Willian Silva Marques, dono da casa de onde a arma teria saído, também está foragido. A mulher, Dahesly Oliveira Pires, foi presa sob suspeita de ter buscado a arma.

Outros suspeitos presos são Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, envolvido na logística da fuga, e Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, que se entregou à polícia.

DHPP também investiga se Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul” ou “Colorido”, um dos chefes do PCC na Baixada Santista, teve envolvimento no crime. Uma das linhas de investigação é a de que a morte de Ruy Ferraz foi uma retaliação do PCC por seu histórico de combate à facção.

Fernando Gonçalves dos Santos, o “Azul” ou “Colorido” — Foto: Reprodução

O assassinato de Ruy Ferraz ocorreu na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas. Criminosos esperaram cerca de 15 minutos e, quando ele passava de carro, o cercaram. Fontes tentou fugir, mas seu veículo capotou após colidir com dois ônibus. Três homens encapuzados e armados com fuzis cercaram o carro, e dois deles atiraram contra o ex-delegado. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, mais de 20 tiros foram disparados.

A vítima, de 64 anos, portava uma pistola 9 mm, mas não reagiu. A arma foi encontrada intacta dentro de sua bolsa. As equipes da Guarda Civil Municipal encontraram vestígios de disparos em todo o trajeto.

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