Celso Sabino entrega carta de demissão a Lula após ultimato do União Brasil

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), confirmou nesta sexta-feira (26) que entregou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após pressão do seu partido para deixar o cargo em até 24 horas. No entanto, Lula pediu que ele permaneça na função até a próxima quinta-feira (2), quando o chefe do Executivo irá inaugurar obras da COP30 em Belém, no Pará.


“Tive uma conversa hoje com o presidente da República a respeito da decisão que meu partido, do qual sou afiliado, tomou, e cumpri o meu papel. Entreguei o cargo. E recebi do presidente Lula um pedido: na próxima semana o presidente estará no estado do Pará para inaugurar boa parte dessas obras [da COP30] e ele pediu que eu participasse”, afirmou Sabino.

Mesmo após formalizar a saída, o ministro reforçou o desejo de permanecer à frente da pasta. “A minha vontade é continuar o trabalho que venho fazendo. Hoje entreguei a carta de demissão ao presidente, recebi esse pedido [do Lula], e o presidente foi muito cortês. Vou seguir conversando com as lideranças do meu partido apresentando as razões que eu tenho apresentado [para continuar no cargo]”, declarou.

Sabino destacou resultados obtidos durante sua gestão. “Tem dado grandes resultados para a economia e o turismo do nosso país [o trabalho realizado]. Um número bastante emblemático é o número de turistas estrangeiros no nosso país”, disse. Segundo ele, o Brasil já recebeu 7 milhões de turistas internacionais em 2025, com expectativa de chegar a 10 milhões até o fim do ano. “Também tivemos a geração de emprego: colocamos mais de 520 mil novas pessoas no mercado de trabalho no setor de turismo”, acrescentou.

Até a definição de um novo titular, a pasta será comandada interinamente pela secretária-executiva Ana Carla Machado Lopes.


A decisão de Sabino ocorre após o União Brasil aprovar, no dia 18 de setembro, uma resolução que obriga filiados a deixarem cargos no governo federal. A determinação prevê punições em caso de descumprimento, sob a justificativa de infidelidade partidária.

Sabino será o 11º ministro a deixar a gestão Lula desde 2023. A saída soma-se a outras mudanças na Esplanada motivadas por disputas partidárias, crises internas e ajustes políticos para acomodar partidos do Centrão

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