Policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio das delegacias de Santos e Praia Grande, realizam nesta segunda-feira (29) uma operação de busca e apreensão em oito endereços nos municípios de Praia Grande, São Vicente e Santos, no litoral paulista.
A ação faz parte das investigações sobre o assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e então secretário de Administração de Praia Grande, morto a tiros em 15 de setembro.
Prisões e foragidos
Até agora, três suspeitos foram presos:
- Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar;
- Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão;
- Dahesly Oliveira Pires, única mulher apontada como envolvida.
Outros quatro investigados seguem foragidos:
- Felipe Avelino da Silva, o Mascherano;
- Flávio Henrique Ferreira de Souza;
- Luiz Antonio Rodrigues de Miranda;
- Humberto Alberto Gomes.
Segundo a polícia, Jaguar foi um dos atiradores que participou da execução. Já Mascherano é apontado pela inteligência policial como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), atuando na função de “disciplina” na região do ABC Paulista.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que não há dúvidas sobre o envolvimento da facção criminosa no caso.
“O crime organizado participou da execução”, disse.
Casas usadas pelo grupo
As investigações também apontaram imóveis usados pela quadrilha antes e depois do crime.
- Uma casa em Praia Grande, no bairro Jardim Imperador, foi citada em depoimento de Dahesly, que teria buscado ali um dos fuzis usados na execução, a mando de Luiz Antonio. O local foi pichado com a frase: “Justiça tarda + não falha”.
- Outra residência em Mongaguá teria servido como base para os criminosos. Segundo a apuração, o imóvel foi alugado por Flávio Henrique duas semanas antes do crime e voltou a ser usado em setembro. Ambos os locais foram periciados e diversas impressões digitais foram coletadas.
Ruy Ferraz Fontes foi morto após sair da prefeitura de Praia Grande. Ele teve seu carro prensado por um ônibus e foi atingido por diversos disparos de fuzil efetuados pelos criminosos, que desembarcaram de outro veículo para a execução.
A polícia trabalha com duas principais linhas de investigação para a motivação: o histórico de enfrentamento ao crime organizado durante sua carreira como delegado e sua função como secretário de Administração de Praia Grande, onde analisava contratos públicos.