O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a associar a Venezuela com o narcotráfico, fez ameaças ao país e afirmou que irá “investigar os cárteis por terra”. As declarações foram feitas nesta terça-feira (30/9), antes de o líder norte-americano se encontrar o secretário de Guerra, Pete Hegseth, para discursar frente a centenas de generais em uma base militar no estado de Virginia.
“Vamos ver o que acontece com a Venezuela. Eles têm sido muito perigosos com drogas e com outras coisas”, afirmou Trump. “Agora, não temos barco na água, não há barcos de pesca, não há nada. Atacamos uma série de barcos, vocês provavelmente viram isso. Desde que fizemos isso, não temos absolutamente nenhuma droga entrando em nosso país pela água. Porque era letal. Agora, vamos investigar os cartéis por terrra”, afirmou.
Trump reforçou que as ações das Forças Armadas norte-americanas em águas internacionais do Caribe têm o propósito de combater o narcotráfico. Esta argumentação parte desde o início do conflito, quando a mobilização naval foi ordenada após os EUA classificarem Maduro como chefe do cartel de drogas de Los Soles.
Até o momento, o governo Trump anunciou ataques a três embarcações que supostamente eram de origem venezuelana e transportavam drogas pelas águas internacionais do Caribe. Os barcos foram destruídos por uma frota de navios de guerra dos EUA, que têm mísseis guiados.
Além disso, centenas de fuzileiros navais norte-americanos haviam sido enviados a Porto Rico, ilha próxima ao Caribe. Cerca de dez caças F-35 também foram enviado ao local para reforçar recursos aéreos e monitorar os possíveis narcotraficantes. Trump adota uma retórica rígida com a Venezuela governada pelo regime de Nicolás Maduro e inclusive, o intimidou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Começamos a usar o poder supremo das Forças Armadas dos Estados Unidos para destruir os terroristas e as redes de tráfico da Venezuela lideradas por Maduro. A todos os bandidos que introduzem drogas venenosas nos Estados Unidos: vamos eliminá-los da existência”, disse.