São Paulo realiza nova fiscalização contra venda de bebidas adulteradas com metanol

A Polícia de São Paulo, com apoio da Vigilância Sanitária, realiza nesta quarta-feira (1º) uma nova vistoria em quatro estabelecimentos comerciais para investigar a venda de bebidas adulteradas com metanol. Dois bares ficam na região da Bela Vista, na capital, e dois em Barueri. Os endereços não foram divulgados para não prejudicar as investigações.

Na terça-feira, a polícia interditou um bar na Alameda Lorena, nos Jardins, após uma mulher de 43 anos ficar cega suspeita de intoxicação por metanol consumido em vodca.

A fiscalização ocorre com acompanhamento de equipes da Secretaria Estadual da Saúde e técnicos da Vigilância Sanitária. Esta foi a primeira interdição no âmbito das operações contra a venda de bebidas falsificadas e adulteradas na capital. A operação contou com o apoio das vigilâncias sanitárias municipal e estadual, do Procon e da Polícia Civil.

O estabelecimento interditado é frequentado por pessoas que trabalham na região e serve almoços diariamente. Ele foi fechado por apresentar “risco iminente à saúde pública”.

Em nota, o bar Ministrão afirmou que “todas as nossas bebidas são adquiridas de fornecedores oficiais, com nota fiscal e procedência garantida, provenientes de grandes distribuidoras reconhecidas no mercado”.

Fiscalizações anteriores

Na zona sul da capital, um minimercado passou por fiscalização que resultou na apreensão de mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodca, além da interdição do local. O representante do estabelecimento foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.

No M’Boi Mirim, uma distribuidora teve suas atividades comerciais parcialmente interditadas, impedindo a venda de bebidas alcoólicas. Parte dos produtos destilados foi lacrada, e os proprietários foram orientados a apresentar as notas fiscais correspondentes.

Em Mogi das Cruzes, a Polícia Civil apreendeu 80 garrafas de bebidas com indícios de adulteração e falsificação. Já em Americana, uma ação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) resultou na detenção de duas pessoas e na apreensão de mais de 17,7 mil bebidas.

Entre segunda-feira (29) e terça-feira (30), equipes do DPPC apreenderam mais de 800 garrafas de bebidas alcoólicas na capital, que foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística para análise. Os responsáveis pelos locais prestaram esclarecimentos na sede do Departamento.

Na terça-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a interdição cautelar de todos os estabelecimentos onde houve consumo de bebidas adulteradas.

“E a partir disso vamos aprofundar as investigações. (…) Esse estabelecimento só será liberado para voltar se tivermos certeza que está seguro”, afirmou. O governador destacou que a investigação buscará identificar a origem das bebidas e os fornecedores ou estabelecimentos envolvidos


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