Diante da crise de saúde publica provocada pela intoxicação por metanol localizado em bebidas adulteradas, o governo do Brasil busca ajuda internacional para conseguir um dos antídotos contra o envenenamento pelo composto químico. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao menos 13 países foram acionados para ajudar nos esforços.
Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, na quinta-feira (2/10), o ministro informou que o Brasil já acionou cerca de 10 agências reguladoras internacionais, semelhantes a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde o início dos casos de intoxicação.
O objetivo é encontrar, em tais países, produtores de fomepizol — um dos antídotos contra envenenamentos por metanol. Isso porque o medicamento não é produzido no Brasil, e precisa ser importado.
Segundo Padilha, o Ministério da Saúde já buscou três instituições privadas que produzem o antídoto. São elas a Zydus, da Índia; American Regent, dos Estados Unidos; e a United Health, sediada na capital de Portugal, Lisboa.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) também foi acionada pelo governo brasileiro. O objetivo, explicou o ministro, foi solicitar a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol, e manifestar a intenção de compra de outras mil unidades do antídoto.
“Acionamos quem têm capacidade de produzir, acionamos os nossos contatos que já sinalizaram que têm capacidade de oferta, para termos um estoque estratégico [de fomepizol] aqui em nosso país”, afirmou Padilha.
Ao ser questionado se a movimentação significava a possibilidade do aumento de casos, o ministro da Saúde afirmou que os pedidos de ajuda são “precaução”.