As transações financeiras de Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, empresário e economista atualmente investigado pela Polícia Federal no caso do INSS, ganharam destaque depois de sua participação na CPMI do INSS, nesta segunda-feira, 6. Ele confirmou ter feito doações de R$ 100 mil ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Partido Progressista (PP) nas eleições de 2022, além de transferências a candidatos de diferentes legendas.
Questionado pelo relator, Alfredo Gaspar (União-AL), durante a sessão, Cavalcanti afirmou que as contribuições foram motivadas pela polarização política no país e negou interesse pessoal nas doações, ressaltando que todas ocorreram de acordo com a legislação. “Não possuía nenhum interesse, zero”, afirmou o empresário.
Além dos repasses aos partidos, Cavalcanti declarou ter feito doações entre R$ 50 mil e R$ 200 mil a postulantes aos cargos de prefeito e vereador em 2024. Ele relatou ainda ter cedido sua residência no Lago Sul, em Brasília, para evento do PSD e doado um veículo ao governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) em comemoração ao aniversário do chefe do Executivo distrital.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou que as contribuições de Cavalcanti ao PT estariam relacionadas ao diretório paulista do partido. Ele sugeriu que mais informações sejam buscadas com o PT de São Paulo.
Empresário investigado no caso INSS doou R$ 100 mil ao PT
