Corina se manifesta após receber o Prêmio Nobel da Paz

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, disse estar “em choque” após ganhar o Prêmio Nobel da Paz de 2025, anunciado pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, nesta sexta-feira (10). Depois do anúncio, o opositor do ditador Nicolás Maduro na última eleição, Edmundo González, publicou um vídeo em seu perfil no X, no qual conversa por ligação com María Corina.

– Estou em choque – disse ela, o que arrancou risadas das pessoas que estavam na sala.


– Aqui estamos em choque de alegria – respondeu González.

– O que é isso? Eu não posso acreditar – acrescentou María Corina.

Na legenda da publicação, González disse que o prêmio era “um merecido reconhecimento à longa luta de uma mulher e de todo um povo pela nossa liberdade e democracia”.

González está em exílio na Espanha desde que o regime de Maduro expediu um mandado de prisão contra ele. Ele foi escolhido por María Corina para representar a oposição nas eleições do ano passado, após as candidaturas dela e da filósofa e professora universitária Corina Yoris serem proibidas. A oposição afirma que González venceu o pleito.


O Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio a ela “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

A líder da oposição da Venezuela foi elogiada por ser uma “figura-chave e unificadora em uma oposição política que antes era profundamente dividida – uma oposição que encontrou um ponto comum na demanda por eleições livres e governo representativo”, disse presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Jørgen Watne Frydnes.

María Corina se tornou o símbolo da luta por democracia na Venezuela, dominada pela ditadura de Maduro e pela autoproclamada revolução socialista que Hugo Chávez, antecessor de Maduro, iniciou na virada do século. Ela uniu e conduziu a oposição venezuelana na eleição presidencial de 2024.

María Corina e seus apoiadores criaram uma estratégia para burlar o controle chavista sobre as eleições, ao enviar milhares de voluntários para os centros de votação e conseguir as atas eleitorais que provariam a fraude nas urnas da ditadura de Maduro.

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