Nesta quarta-feira (29), o Exército dos Estados Unidos realizou um novo ataque a uma embarcação no Oceano Pacífico, acusada de envolvimento com o tráfico de drogas. A ação resultou na morte de quatro pessoas, segundo informou o secretário de Defesa, Pete Hegseth.
Um vídeo divulgado junto à publicação de Hegseth mostra uma embarcação parada na água antes de uma grande explosão, seguida por um incêndio.
“Hoje cedo, por ordem do presidente Donald Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque cinético letal contra outro navio de narcotráfico operado por uma Organização Terrorista Designada (OTD) no Pacífico Oriental”, declarou o secretário.
Segundo Hegseth, o barco era monitorado pelos serviços de inteligência dos EUA por envolvimento no contrabando de entorpecentes e navegava por uma rota conhecida do tráfico internacional.
“Quatro narcoterroristas estavam a bordo e morreram durante o ataque, realizado em águas internacionais. Nenhum integrante das forças norte-americanas ficou ferido”, acrescentou o funcionário do governo Trump.
O secretário concluiu afirmando que os EUA não tolerarão a presença de traficantes na região:
“O hemisfério ocidental não é mais um refúgio seguro para os narcoterroristas que introduzem drogas em nossas costas para envenenar os americanos. O Departamento de Guerra continuará a caçá-los e eliminá-los onde quer que operem.”
O anúncio ocorreu um dia após ataques norte-americanos que deixaram mais de uma dezena de mortos em quatro embarcações no Pacífico Oriental, elevando para pelo menos 62 o número total de vítimas na controversa campanha antidrogas do presidente Donald Trump.
Os Estados Unidos solicitaram ao México ajuda para resgatar um sobrevivente, mas a presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta quarta-feira (29) que os esforços de busca foram infrutíferos.
Com o novo ataque, já passam de 12 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico destruídas em águas internacionais, desde o início da campanha militar do Comando Sul no Caribe, próxima às costas da Venezuela.
Na semana passada, Trump afirmou que não descarta ataques a alvos em terra, desde que relacionados ao narcotráfico, e acrescentou que, se isso ocorrer, o Congresso será notificado.
Apesar da divulgação de vídeos dos bombardeios, Washington ainda não apresentou provas públicas de que os alvos estivessem efetivamente traficando drogas ou representassem uma ameaça aos Estados Unidos.