O Senado Federal instalou nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o crime organizado no Brasil. O colegiado será presidido pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), com Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como vice e Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator. A comissão é composta por 11 integrantes titulares e sete suplentes.
A abertura dos trabalhos foi conduzida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o membro mais velho do Senado. Entre os titulares da comissão estão senadores do governo e da oposição, incluindo Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Marcio Bittar (PL-AC), além de nomes governistas como Rogério Carvalho (PT-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Angelo Coronel (PSD-BA).
Alguns senadores interromperam licenças médicas para assumir o cargo, como Marcos do Val (Podemos-ES) e Magno Malta (PL-ES). O relator Alessandro Vieira, autor do pedido de criação da CPI, não possui ligação clara com o governo ou a oposição.
A CPI terá um prazo de 120 dias para investigar o avanço de facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos e eventuais falhas nas políticas de segurança. Entre os temas que devem guiar os debates está a megaoperação realizada no Rio de Janeiro em 28 de outubro, que resultou em 121 mortos, além de propostas legislativas como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública.
O colegiado terá limite de despesas estimado em R$ 30 mil e busca identificar o “modus operandi” das organizações criminosas, bem como propor medidas para fortalecer a segurança pública. A CPI foi criada em junho, mas sua instalação só foi efetivada após a definição dos integrantes e o contexto da recente operação policial no Rio.
Titulares da CPI: Alessandro Vieira (MDB-SE, relator), Marcio Bittar (PL-AC), Marcos do Val (Podemos-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES, presidente), Hamilton Mourão (Republicanos-RS, vice-presidente).
Suplentes: Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Sergio Moro (União-PR), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Eduardo Girão (Novo-CE), Jaques Wagner (PT-BA), Esperidião Amin (PP-SC).
