Nesta terça-feira (4), o deputado Coronel Assis (PL-MT) apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma indicação pedindo a exoneração do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O parlamentar afirmou que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal “não possui experiência prática ou técnica em segurança pública”.
No documento, Assis argumenta que o país vive um momento “crítico” na segurança pública, com o fortalecimento de facções criminosas e o aumento da violência nas fronteiras, cidades e zonas rurais. Para ele, a atuação de Lewandowski tem sido “burocrática” e voltada a “ações político-partidárias”, em vez de priorizar medidas estruturais para enfrentar o crime organizado.
– O Brasil precisa de gestão operacional, não de retórica jurídica – escreveu o deputado, defendendo que o Ministério da Justiça seja comandado por alguém com “vivência prática” e capacidade de coordenar estratégias integradas de segurança e resgatar a confiança das forças policiais.
Lewandowski também tem enfrentado pressão no Congresso. Os deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentaram requerimentos para convocar o ministro a prestar esclarecimentos na Câmara sobre divergências entre suas falas e as do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, após a megaoperação das forças estaduais do Rio contra o Comando Vermelho.
Os parlamentares apontam contradições entre as declarações do ministro e as do chefe da PF sobre o conhecimento prévio e a participação da corporação na ação, batizada de Operação Contenção.
