A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou uma das maiores operações de segurança aérea da década para proteger a COP30, em Belém (PA). A conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas será realizada entre 10 e 21 de novembro, mas uma reunião de líderes mundiais já acontecerá nesta quinta-feira, 6.
O plano inclui o uso de caças F-5M armados com mísseis Python 4, aeronaves A-29 Super Tucano e aviões-radar E-99. Também estarão disponíveis helicópteros H-60L Black Hawk e o cargueiro KC-390 Millennium, que fará reabastecimento em voo para manter os caças em patrulha contínua.
Operação inclui drones e vigilância reforçada durante a COP30
Belém recebeu ainda equipamentos de bloqueio de drones, instalados principalmente nas áreas próximas ao aeroporto. Segundo o tenente-brigadeiro Alcides Teixeira Barbacovi, chefe do Comando de Operações Aeroespaciais, a medida busca evitar riscos à navegação aérea diante do aumento de voos por causa do evento.
O decreto federal que autoriza a operação permite até a interceptação e a destruição de aeronaves não identificadas ou hostis. A FAB dividirá o espaço aéreo em áreas branca, amarela e vermelha. Cada uma tem um diferente nível de restrição. Na mais crítica, num raio de 2 quilômetros do centro de convenções, só poderão voar aeronaves em missões de emergência, com autorização expressa da Aeronáutica. As restrições de voo são válidas até o sábado 8.
GLO amplia poder das Forças Armadas
Paralelamente, o governo Lula decretou Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Belém e regiões estratégicas do Pará, como Altamira e Tucuruí, onde ficam as usinas de Belo Monte e Tucuruí. O decreto, em vigor até 23 de novembro, permite que militares atuem com poder de polícia em áreas consideradas críticas.
Durante o período da COP30, cerca de 3 mil militares estarão mobilizados na capital paraense. A Base Aérea de Belém passou por obras para ampliar o pátio e receber até 80 aeronaves por dia. Delegações de 159 países já confirmaram presença, enquanto 28 ainda negociam hospedagem.
