Lula vai manifestar apoio a Maduro na Colômbia

O presidente Lula da Silva vai levar uma sinalização de apoio político à Venezuela na cúpula entre países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. O evento vai ocorrer neste próximo domingo, 9, na Colômbia. A informação partiu do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta quarta-feira, 5, em Belém.


Segundo Vieira, Lula pretende defender principalmente a ideia de que a América do Sul deve manter-se como um espaço de cooperação e solução pacífica de conflitos. O chanceler afirmou sobretudo que essa posição reflete a orientação permanente da política externa brasileira.

Venezuela: apoio em meio a tensões diplomáticas

A iniciativa ocorre depois do aumento das tensões entre o governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, e o regime do ditador Nicolás Maduro. Washington tem intensificado operações militares no Caribe, alegando desse modo a necessidade de combate ao narcotráfico na região. A Venezuela, contudo, acusa os EUA de realizarem ações de intimidação.

Lula adiantou em entrevista a agências internacionais nesta terça-feira, 4, que pretendia tratar diretamente da situação venezuelana durante o encontro na Colômbia. O presidente considera que pressões externas podem, dessa forma, gerar instabilidade no continente.

Escalada no Caribe

As operações norte-americanas envolveram o deslocamento de navios e tropas para áreas próximas ao litoral venezuelano. O governo Trump declarou que o regime de Maduro está “com os dias contados” e não descartou a possibilidade de ações terrestres.


Já Caracas afirma que as movimentações militares representam ameaça à soberania venezuelana e acusa os EUA de tentarem promover uma intervenção. O governo de Maduro vem buscando apoio diplomático de aliados regionais para rebater as declarações de Washington.

Defesa da solução negociada

Mauro Vieira afirmou que o Brasil continuará defendendo canais de diálogo entre governo e oposição na Venezuela. Segundo ele, pressões militares ou sanções unilaterais tendem a aprofundar o conflito político interno. A delegação brasileira viajará ao encontro no fim de semana. Até agora, o Itamaraty não detalhou se Lula terá reunião bilateral com Maduro.

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