Quatro cães são baleados no RJ no fim de semana; 2 morreram

Três cães foram baleados e atendidos neste fim de semana em unidades públicas veterinárias do Rio de Janeiro. Um deles morreu, outro permanece internado e uma cadela já recebeu alta. Um quarto animal foi encontrado sem vida. Os casos aconteceram em diferentes pontos da cidade e acenderam o alerta para o aumento da violência também contra os animais.


Na manhã deste domingo (9), um pitbull ferido na pata direita foi resgatado por moradores na Rua do Senado, no Centro, e levado para o Hospital Veterinário Jorge Vaitsman, na Mangueira, Zona Norte. O animal recebeu os primeiros socorros, foi sedado e deve passar por cirurgia nesta segunda-feira (10) para a retirada do projétil. Após a recuperação, o cão será encaminhado para adoção.

Mais tarde, a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais socorreu outro pitbull, chamado Bob, atingido por tiros e facadas após fugir de casa no Complexo do Alemão, também na Zona Norte. Segundo a pasta, o animal foi atacado depois que moradores tentaram apartar uma briga entre ele e um cão vizinho. Bob foi encontrado em um valão, com um facão cravado nas costas e uma bala alojada. Levado para o abrigo da Fazenda Modelo, em Guaratiba, o pitbull chegou em estado grave e morreu na tarde de domingo. O outro cão envolvido na confusão também foi atingido por um dos disparos e morreu no local.

Os episódios ocorreram na mesma região onde, há dez dias, uma operação policial deixou 117 suspeitos e quatro policiais mortos. Durante a ação, outro cão, Scooby, também foi baleado, mas se recuperou e recebeu alta na última quinta-feira.

De acordo com o secretário municipal de Proteção e Defesa dos Animais, Luiz Ramos Filho, desde setembro já foram registrados 11 casos de animais baleados no município.


“É cada vez mais comum atendermos animais jurados de morte ou vítimas de balas perdidas. Criamos um protocolo para registrar e comunicar todos esses casos às autoridades. Maltratar animais é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão. Infelizmente, ninguém está seguro no Rio de Janeiro — nem seres humanos, nem animais”, afirmou o secretário à imprensa local.

Ramos Filho classificou o ataque a Bob como um caso de “extrema crueldade” e destacou a necessidade de punições mais severas.

“Ele chegou muito debilitado. É revoltante o que fizeram. Precisamos lembrar que maltratar animais é crime e deve ser tratado com seriedade”, disse.

No fim da tarde, a Secretaria confirmou a morte de Bob e lamentou o aumento da violência que afeta também os animais na cidade.

“É mais um caso nas estatísticas de animais que estão sofrendo com essa violência que assola o nosso município e o nosso estado”, concluiu o secretário.

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