O governador do Rio de Janeiro, Cládio Castro (PL), elogiou o relatório apresentado pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), secretário licenciado de São Paulo, sobre o Marco da Segurança Pública. No entanto, segundo Castro, ainda há “coisas a serem melhoradas”.
“Eu acho que tem coisas boas e eu acho que tem coisas a serem melhoradas. Não cabe mais ser contra ou a favor, tem que trabalhar o texto”, disse o governador a jornalistas nesta quarta-feira (12), antes da sessão realizada pelo Congresso Nacional em homenagem à megaoperação contra o crime organizado no Rio de Janeiro.
No relatório, Derrite recuou e retirou propostas para alterar a Lei Antiterrorismo e para alterar as atribuições da PF (Polícia Federal). Os dois pontos foram motivo de divergência dentro da Câmara dos Deputados e alvo de críticas do governo federal.
Na terça (11), o deputado anunciou que havia desistido de equiparar crimes cometidos por organizações criminosas ao terrorismo, como previa a proposta original, como é defendido por Castro.
Durante a sessão solene, o governador disse que se podia falar em facções criminosas durante a década de 1990 e no início dos anos 2000, mas que hoje são “organizações narcoterroristas”.
Com as mudanças feitas por Derrite, o texto endurece penas e cria modalidades penais específicas. A expectativa é que o texto seja votado nesta quarta pela Câmara.
