Brasil está entre os 10 países com menor nível de confiança

A confiança entre cidadãos varia amplamente no mundo, segundo levantamento global publicado em 2024 com base em dados do Integrated Values Surveys (IVS). O estudo avaliou 90 economias e mostra que, no Brasil, apenas 7% dos adultos concordam com a afirmação “a maioria das pessoas pode ser confiável”.


Os países nórdicos, por outro lado, dominam o topo do ranking. A Dinamarca lidera, com 74% dos entrevistados que afirmam confiar nos outros, seguida por Noruega (72%) e Finlândia (68%). A China ocupa a quarta posição (63%) e é o único país não ocidental entre os dez primeiros colocados.

Além disso, Islândia, Suécia e Suíça também figuram entre as nações com altos índices de confiança.

De acordo com o relatório, sistemas de bem-estar social consolidados, baixos níveis de corrupção e governos transparentes sustentam os altos índices de confiança na região.

Além disso, o relatório afirma que “a confiança é o cimento social que mantém as comunidades unidas, molda instituições e impulsiona a atividade econômica”.


Confiança: Brasil está entre os 10 últimos colocados

O Brasil, porém, aparece entre os dez países com menor confiança social. Apenas 7% dos entrevistados afirmaram confiar na maioria das pessoas. O país está ao lado de Egito (7%), Chipre (7%), Equador (6%) e Colômbia (5%). Na América Latina, a desconfiança é massiva: Peru e Nicarágua registram 4%, e a Colômbia, 5%.

O estudo relaciona esses baixos índices à instabilidade política, à criminalidade elevada e a crises econômicas recorrentes.

Entre os países de língua inglesa, os níveis de confiança variam. A Nova Zelândia (57%) e a Austrália (49%) aparecem à frente de Canadá (47%), Reino Unido (43%) e Estados Unidos (37%). Na Europa Ocidental, a Suíça (59%) e os Países Baixos (57%) superam Alemanha (42%), França (26%) e Itália (27%).

Metodologia do estudo

Os dados utilizados referem-se à sétima onda do Integrated Values Surveys, referente ao período de 2017 a 2022. Embora publicada em 2024, a pesquisa representa o ano mais recente de cada ciclo de coleta, o que permite maior comparabilidade entre as edições. As amostras variam de 1 mil a 1,5 mil entrevistas por país, com adultos que representam a população nacional.

Os entrevistados ouviram a pergunta: “De modo geral, você diria que a maioria das pessoas pode ser confiável ou que é preciso ter muito cuidado ao lidar com as pessoas?”. Já as respostas possíveis variavam entre “não sei”, “é preciso ter cuidado” e “a maioria das pessoas pode ser confiável”.

O levantamento cobre dados de 1984 a 2022, e sua atualização ocorre anualmente. A publicação da versão mais recente ocorreu em 27 de junho de 2025, com a próxima atualização prevista para junho de 2026.

Fonte: Revista Oeste

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