A secretário de Guerra dos Estados Unidos (EUA), Pete Hegseth, anunciou nesta quinta-feira, 13, uma nova ofensiva militar sob o nome de “Lança do Sul”. O objetivo é principalmente enfrentar narcoterroristas no Hemisfério Ocidental. Embora o local exato das operações esteja sob sigilo, a ação terá a liderança do Comando Militar do Sul, responsável por manobras no Caribe e na América Latina.
A iniciativa surge em meio ao aumento da presença de navios e aeronaves militares dos EUA próximas à costa da Venezuela. Nesse contexto, o ditador sul-americano Nicolás Maduro interpretou o movimento como preparação a uma possível incursão militar. “Hoje estou anunciando a Operação Lança do Sul”, declarou Hegseth, em publicação na rede X.
O secretário reforçou sobretudo que a operação vai ocorrer em uma força-tarefa com a coordenação do comando militar regional. “Essa missão defende a nossa pátria, remove narcoterroristas do nosso hemisfério e protege nosso país das drogas que estão matando nosso povo. O Hemisfério Ocidental é a vizinhança da América — e nós o protegeremos”.
A escalada militar ocorre assim dias depois da Marinha dos EUA informar que o USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo, chegou à área de operações da América Latina. A embarcação, segundo o comando militar, dará apoio a ações que visam “desmantelar organizações criminosas transnacionais”.
EUA: morte a 70 traficantes
O grupo de ataque do porta-aviões — que inclui destróieres, cruzadores, aeronaves de vigilância, caças e helicópteros de operações especiais — reforça a já extensa presença militar norte-americana no Caribe, onde Washington mantém patrulhas permanentes.
Nos últimos dois meses, os EUA afirmam ter neutralizado mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, em ações que resultaram em mais de 70 mortes. Segundo o comando militar, os alvos eram embarcações de redes que atuam, diz o governo, como organizações narcoterroristas.