EUA divulgam fotos de porta-aviões mobilizado perto da Venezuela

A divulgação de novas imagens do USS Gerald Ford intensificou, nesta semana, a preocupação de governos latino-americanos com o avanço da estratégia militar de Washington no entorno da Venezuela. As fotos mostram o maior porta-aviões norte-americano integrado ao seu grupo de ataque. Analistas veem o movimento como o passo mais contundente da Casa Branca na região em anos.


As autoridades militares dos Estados Unidos liberaram os registros na noite de terça-feira 11, em meio ao início da Operação Lança do Sul. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, anunciou a iniciativa na quinta-feira 13, com foco no combate ao narcotráfico. O presidente Trump sustenta que a ação mira cartéis latino-americanos e acusa o regime de Nicolás Maduro de atuar em cooperação com organizações criminosas.

Escalada no entorno da Venezuela

As fotos mostram quando o Gerald Ford navega com destróieres e aeronaves de múltiplos modelos, entre elas jatos de ataque e um B-52 Stratofortress. Washington liberou as imagens no mesmo dia em que foram feitas. A decisão surpreendeu especialistas em defesa, porque esse tipo de material costuma passar por revisão mais longa. O gesto revela que o governo pretende mostrar firmeza e dar um recado estratégico.

A localização exata do porta-aviões permanece sob sigilo. Contudo, o Comando Sul confirmou que o grupo opera dentro de sua área de responsabilidade, que inclui o Caribe. Plataformas de monitoramento identificaram, nesta quinta-feira, 13, dois C-2A Greyhound do Gerald Ford ao pousar em Porto Rico, o que mostra que a frota opera nas proximidades.

O emprego do grupo de ataque — que reúne três destróieres e até 90 aeronaves — representa uma ampliação significativa da pressão sobre Caracas. Segundo a imprensa norte-americana, Trump recebeu diferentes cenários militares para eventual ofensiva contra o regime de Maduro, e a execução de qualquer ação dependeria apenas de uma justificativa jurídica.


A movimentação reforça o já amplo aparato dos Estados Unidos no Caribe, que conta com navios de guerra, caças F-35, helicópteros de operações especiais e bombardeiros. Maduro acusa Washington de tentar removê-lo do poder e sustenta que os norte-americanos criam um pretexto para intensificar a confrontação.

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