O primeira-dama Janja da Silva afirmou nesta terça-feira (18), em entrevista à CNN, que enfrenta machismo e ataques pessoais no dia a dia e que não aceita o papel tradicional imposto a primeiras-damas. Ela comentou que críticas mais duras partem, muitas vezes, de outras mulheres.
Janja explicou que decidiu, há anos, não se limitar ao estereótipo esperado para quem ocupa a função. Segundo ela, o mundo é “grande demais” para que alguém seja reduzido a um único modelo.
– Eu acho que eu sei quando eu decidi que eu não cabia numa caixinha, que uma caixinha que sempre querem colocar uma primeira-dama não é uma caixinha que eu cabia. O mundo é grande demais pra uma caixinha. Acho que a minha visão de mundo é muito mais ampla do que aquela caixinha. Então eu segui fazendo o que eu fazia – afirmou.
Janja também disse que sempre recebeu apoio do presidente Lula para manter sua atuação pública. Ela comentou que críticas fazem parte da vida de qualquer mulher em posição de destaque, no Brasil ou fora dele.
A mulher de Lula reclamou ainda do machismo “que tá na nossa sociedade” e revelou que não liga para críticas, mas fica triste quando as palavras mais pesadas vêm de mulheres que também sofrem o mesmo tipo de violência que ela sofre.
Janja citou ainda seu trabalho ligado à COP30 e destacou que a presença de mulheres fortes em diferentes regiões reforça sua motivação. Para ela, ataques pessoais não devem ser confundidos com críticas legítimas.
– Crítica é sempre bem-vinda, a gente reflete sobre elas. Mas os ataques mostram que a sociedade precisa repensar a própria humanidade, a nossa convivência – concluiu.