A Casa Branca recebeu um jantar de gala na noite desta terça-feira (19), comandado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em homenagem ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Entre os convidados de destaque estavam o craque português Cristiano Ronaldo e o empresário bilionário Elon Musk.
Ronaldo, que joga no clube saudita Al Nassr, chegou ao salão poucos segundos antes da entrada de Trump e do príncipe saudita. O atleta — cujo contrato com o Al Nassr se encerra neste verão — ocupou um dos lugares mais próximos ao anfitrião da noite.
Durante o discurso antes do jantar, Trump fez questão de mencionar a presença do atacante:
“Você sabe, meu filho é um grande fã do Ronaldo”, disse o presidente, explicando que o jovem Barron Trump, de 19 anos, teve a chance de conhecer o ídolo.
“Acho que ele me respeita um pouco mais agora, só pelo fato de eu ter apresentado vocês.”
Ronaldo declarou recentemente que a Copa do Mundo de 2026 — para a qual Portugal confirmou vaga no domingo — será definitivamente a última de sua carreira.
Outro nome do futebol presente ao jantar foi o presidente da FIFA, Gianni Infantino, que voltou à Casa Branca a menos de dois anos do Mundial de 2026, coorganizado pelos EUA.
Elon Musk, dono da SpaceX, da Tesla e do X, também marcou presença, vestido de smoking e conversando com convidados em uma mesa iluminada por velas — embora não tenha sido acomodado na mesma mesa que Trump.
A presença de Musk foi interpretada como um sinal de reaproximação após meses de tensões públicas. O bilionário havia chefiado o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) por cinco meses e chegou a viajar com Trump à Arábia Saudita em maio.
A relação, porém, degringolou em julho, quando Musk criticou um grande pacote de gastos do governo e citou arquivos investigativos envolvendo o presidente e Jeffrey Epstein. Trump respondeu ameaçando deportá-lo.
Apesar disso, Musk foi convidado e compareceu ao jantar — reforçando que a crise entre os dois pode ter sido contornada.
O jantar de gala contou ainda com a presença do vice-presidente JD Vance, do secretário de Estado Marco Rubio, do presidente da Câmara Mike Johnson, do assessor de segurança interna Stephen Miller, de Donald Trump Jr., do presidente da FIFA Gianni Infantino e do âncora Bret Baier (Fox News).
O evento marcou um dia movimentado em Washington. Horas antes do jantar, a Câmara dos Deputados votou, de forma esmagadora, para exigir que o Departamento de Justiça divulgue todos os documentos ligados ao falecido pedófilo Jeffrey Epstein, com apenas um voto contrário.
Cerimônia militar e reaproximação com a Arábia Saudita
Mais cedo, Trump recebeu Mohammed bin Salman com uma cerimônia pomposa, incluindo sobrevoo de caças F-35 e F-15, apresentação da banda do Corpo de Fuzileiros Navais e salva de canhões.
A recepção grandiosa simboliza o retorno pleno de Riad ao eixo político de Washington, após a forte repercussão internacional do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018. Trump afirmou que o príncipe “não sabia de nada” sobre o crime enquanto ambos posavam no Salão Oval.