Trump diz que conversará em breve com Maduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deve conversar em breve com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, mas não ressaltou não poder entrar em detalhes sobre o que será dito. O chefe da Casa Branca sinalizou, porém, ter algo “muito específico” a dizer ao chavista.

– Falarei com ele em um futuro não muito distante. Não posso dizer o que vou dizer a ele, mas tenho algo muito específico a dizer – declarou ele, em entrevista à Fox News nesta sexta-feira (21).


Embora se recuse a dar detalhes, o republicano garantiu que os EUA “estarão muito envolvidos” nas questões referentes à Venezuela.

Nos últimos meses, os dois países vem vivendo um contexto de tensão diplomática e militar. O presidente Donald Trump deflagrou uma operação contra o narcotráfico e vem abatendo embarcações que estariam ligadas à prática criminosa. O republicano acusa Maduro de liderar o cartel de Los Soles e não descarta uma operação militar em terra.

Maduro, por sua vez, vem pedindo por “paz”, tendo chegado a cantar a música pacifista Imagine, de John Lennon, em comício com bolivarianos no último dia 16. Ele afirma querer conversar “cara a cara” com o chefe da Casa Branca.

– Somente através da diplomacia devem ser entendidos os países livres e os governos, e somente através do diálogo devem ser buscados pontos comuns em temas de interesse mútuo. O diálogo é o caminho para buscar a verdade e a paz – assinalou.

O discurso pacifista contraria o posicionamento adotado pelo chavista durante as eleições na Venezuela no último ano. À época, Maduro chegou a sugerir que o país viveria um “banho de sangue” se a direita vencesse o pleito, acusado dentro e fora do país de ter sido fraudado em seu favor.

– Em 28 de julho se decide se a Venezuela permanecerá em paz ou se vamos entrar em um cenário de desestabilização e uma guerra civil. Se a direita fascista enganar a população na Venezuela, pode haver um banho de sangue e uma guerra civil, porque esse povo não permitirá que lhe tirem seu país. Não vai deixar que entreguem a Guiana Essequiba, não vai deixar direitos sociais serem privatizados. Somos uma forte e um poder popular em cada rua, em cada comunidade. Somos uma potência militar, uma potência policial, um poder popular em cada rua, em cada comunidade. E a união cívico-militar-policial, assim eu digo como líder, não vai deixar que lhe tirem sua pátria – defendeu ele à época.

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