Confira o que disse Carlos Bolsonaro após visitar o pai na PF

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) visitou nesta terça-feira (25/11) o pai, Jair Bolsonaro, na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde o ex-presidente cumpre prisão preventiva. Após o encontro, Carlos afirmou que Bolsonaro está “devastado psicologicamente” e se alimentando pouco.

“Nunca vi visita cronometrada. 30 minutos com meu pai. Extremamente sensível, ele está devastado psicologicamente. Mas consegui deixar ali um abraço do filho para o pai que precisa nesse momento”, disse Carlos em entrevista coletiva.

O vereador questionou ainda o uso da tornozeleira eletrônica pelo pai, alegando que não havia motivo legal para o dispositivo naquele momento:
“É ilegal ele estar usando tornozeleira eletrônica naquele momento. Ele não tinha nem que estar com tornozeleira. Ele estava usando tornozeleira por um processo em que não foi denunciado”. Carlos garantiu que não houve tentativa de fuga: “Uma prova de que não houve tentativa de fuga foi que ele não rompeu a correia. E tão logo os órgãos responsáveis detectaram o que aconteceu, a tornozeleira foi trocada. Ele voltou a dormir”.

O vereador também destacou a preocupação da família com a saúde de Bolsonaro, que sofre de crises de soluço:
“O que nos preocupa é que, ele dormindo tem esses soluços, ele broncoaspirar o soluço e acabar sendo fatal para a vida dele. Isso preocupa muito a família, e acho que deveria preocupar qualquer pessoa que diz prezar pela vida de outra pessoa, ainda mais quando está sob a responsabilidade do Estado”.

Carlos criticou o que considera um desgaste premeditado da saúde emocional do ex-presidente:



“A saúde emocional dele já vem sendo propositalmente desgastada há muito tempo, isso é um processo que eu acredito que seja premeditado. Mas estamos aqui para fazê-lo não desistir. Por mais que premeditem, tenho certeza que ele vai sobreviver mais essa investida covarde que estão fazendo contra a pessoa dele”.

O vereador ainda comentou sobre a vigília realizada em frente à residência de Bolsonaro, mencionada pela PF como elemento que reforçou o argumento de risco de fuga:


“O que é vigília? É liberdade de culto religioso. Eu participei como participei de inúmeras outras. É extremamente perigoso caminharmos para um estado onde você não tem liberdade religiosa garantida”.

Carlos destacou que a visita teve caráter pessoal, focada na relação entre pai e filho, e ocorreu separadamente da visita de Flávio Bolsonaro, que cumpre determinação judicial e atua como porta-voz da família: “O encontro foi diferenciado, pessoal, enquanto a visita de Flávio tem outro caráter”.

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