O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, informou ao Exército Brasileiro que é portador de doença de Alzheimer desde 2018. A declaração foi feita durante exame médico realizado nesta terça-feira (26), pouco antes de ele ser detido no Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Aos 78 anos, Heleno relatou aos médicos militares que apresenta perda de memória recente, além de hipertensão e outros problemas de saúde tratados com múlticos medicamentos. O registro do exame descreve: “Refere ser portador de demência de Alzheimer em evolução desde 2018, com perda de memória recente importante, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso (polifarmácia)”.
O general, que foi ministro do governo Jair Bolsonaro entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, foi preso nesta terça-feira pelo Exército em conjunto com a Polícia Federal. Heleno já começou a cumprir a pena de 21 anos de prisão, definida em regime inicial fechado.
Após a formalização da prisão, ele foi encaminhado para o setor de detenção do Comando Militar do Planalto, onde permanece sob custódia.
A prisão de Augusto Heleno, um dos nomes mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro e figura central no núcleo militar do governo anterior, marca um dos episódios mais impactantes da atual fase de investigações envolvendo autoridades e ex-integrantes da gestão Bolsonaro.