O secretário de Segurança Pública de São Paulo e deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) afirmou que recebe como elogio as críticas feitas ao relatório do Projeto de Lei (PL) Antifacção, aprovado pela Câmara dos Deputados neste mês. Em entrevista às “Páginas Amarelas” da revista Veja, ele disse:
“Quando eu vejo me criticarem aqueles que acham que bandido é coitadinho, que traficante é vítima, que é absurdo a polícia prender criminosos só porque estão roubando celulares para tomar uma cervejinha, para mim é um elogio.”
Derrite ressaltou que sua proposta encontrou respaldo popular. “O projeto de lei é tudo o que a sociedade esperava ao longo de décadas do Congresso. É uma legislação dura que, infelizmente, não contou com o apoio de todos os parlamentares, porque eles ficaram presos à questão política apenas pelo fato de eu ter sido designado relator.”
A versão relatada por ele para o PL Antifacção — originalmente enviada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva — foi aprovada pela Câmara em 18 de novembro. O texto cria o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, eleva penas, modifica regras de distribuição de recursos provenientes de bens apreendidos e estabelece novos tipos penais.
Derrite também criticou a postura do governo federal em relação à segurança pública. “A sociedade não aguenta mais ser vítima de roubo e não tolera mais a impunidade. A esquerda tem tanta dificuldade que no projeto ela incluiu uma proposta que previa redução de pena. O brasileiro quer é o endurecimento das punições.”