Em uma conversa telefônica realizada em 16 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, a possibilidade de sair do país em segurança, desde que deixasse a Venezuela imediatamente. A informação é do Miami Herald.
Durante o diálogo, conforme o jornal, Maduro exigiu manter o controle das Forças Armadas e solicitou anistia ampla para si e seus aliados pelos crimes cometidos.
Trump rejeitou ambas as condições, encerrando rapidamente as negociações. A oferta de saída segura foi estendida também à esposa e ao filho de Maduro, mas com a exigência de partida imediata.
O impasse levou Trump a endurecer a pressão sobre o regime venezuelano. No sábado 22, ele declarou nas redes sociais que a Venezuela deveria considerar seu espaço aéreo completamente fechado, o que aumentou as tensões e alimentou temores de conflito no país.
Escalada da pressão e ameaças militares
O presidente dos EUA também alertou que operações militares poderiam começar “muito em breve”.
Enquanto isso, o porta-aviões USS Gerald Ford e uma unidade de fuzileiros navais permaneciam próximos à costa, prontos para eventuais ações.
O governo norte-americano vinha intensificando ações navais desde setembro, atingindo embarcações suspeitas de tráfico de drogas vindas da Venezuela e países vizinhos.
Trump recusou exigência de Maduro
Fontes do Miami Herald relataram que, além do pedido de anistia, Maduro propôs manter o comando militar, semelhante ao que ocorreu na Nicarágua em 1991, em troca de eleições livres, mas Trump recusou.
A oferta de anistia também se estendia aos principais aliados do presidente venezuelano.
Depois da ruptura das conversas, Maduro e seus apoiadores classificaram as ações dos Estados Unidos como agressão “colonial”, acusando Trump de tentar tomar as reservas de petróleo do país por meio da força militar.