Bolsonaro tinha razão: Empresa pretende fazer um grande investimento em Nióbio

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração pretende investir R$ 1,2 bilhão para a construção de uma fábrica de óxido de nióbio. A empresa fornece cerca de 90% do minério consumido pelo mercado mundial.


Provavelmente o projeto vai ser iniciado até o fim deste ano e será instalado em Araxá (MG), município que abriga o complexo industrial da empresa. Mas a proposta ainda precisa passar pelo conselho da CBMM, presidido por Pedro Moreira Salles. Além da empresa, a família do executivo detém o controle do Banco Itau, entre outros negócios.

Dessa forma, a companhia ganhará a capacidade para a produzir mais 20 mil toneladas de óxido de nióbio por ano. O produto tem várias aplicações nobres. Entre elas, a fabricação de baterias elétricas, explicou Eduardo Ayrosa Ribeiro, presidente da empresa, ao jornal Valor Econômico.

No plano da companhia desenhado para 2030, a aplicação em baterias elétricas para carros e outros veículos representará 35% dos negócios. Para que eles se concretize, a empresa pretende investir R$ 9 bilhões ao longo dos próximos 8 anos.

O projeto mais avançado é uma parceria com a Toshiba para fabricação de baterias elétricas. Testes com clientes automotivos já estão em curso no Japão e no Brasil, onde a VW Caminhões avalia o uso em ônibus elétricos. “Nessa parceria estamos em negociações com clientes e a produção em escala comercial será acelerada de 2025 em diante”, afirma o executivo.


Atualmente, 90% das vendas da CBMM vão para a indústria do aço, na forma de ferronióbio. Os 10% restantes são ligas e óxidos especiais com diversas aplicações. Uma delas, para fazer semicondutores. As jazidas de nióbio da empresa em Araxá, ao ritmo atual de exploração, tem capacidade de oferta por mais 100 anos.

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