Os próximos dias serão decisivos para que Adélio Bispo, de 47 anos, autor da facada no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenha um parecer que determinará se ele poderá ou não deixar o presídio federal onde está recluso desde 2018.
O laudo ao qual Adélio será submetido será elaborado por dois psicólogos que atuarão em apoio à Defensoria Pública da União (DPU). Um deles já trabalhou para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e para a ex-deputada federal Flordelis — presa no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, onde cumpre pena — em ações que buscavam a liberdade das parlamentares.
O psiquiatra Hewdy Lobo Ribeiro foi chamado para auxiliar na elaboração do laudo, que avaliará se Adélio ainda representa risco à sociedade. Ele atuou na defesa de Zambelli em uma estratégia jurídica que tentou apontar fragilidade na saúde mental da parlamentar para viabilizar sua libertação na Itália.
O profissional também já participou de outros casos de grande repercussão, como os de Suzane von Richthofen — condenada por matar os pais —, do ex-deputado federal Daniel Silveira e de Érika de Souza Vieira Nunes, sobrinha de Paulo Roberto Braga, o “Tio Paulo”.
Hewdy também já havia trabalhado anteriormente com Adélio e foi o responsável pelo laudo que atestou sua inimputabilidade no processo da tentativa de homicídio contra Bolsonaro.
Relatórios sigilosos devem ser encaminhados aos psicólogos, indicando que a saúde de Adélio se deteriorou ao longo dos anos de encarceramento. A Polícia Federal (PF) concluiu que ele agiu sozinho ao esfaquear Bolsonaro.
Fonte: Metrópoles