Para o delegado Roberto Afonso, o adolescente de 16 anos que matou os pais e a irmã dentro de casa precisa passar por um exame de sanidade mental “sem dúvida”. Ele é o responsável pelas investigações do crime brutal, ocorrido na última sexta-feira (17), na Zona Oeste de São Paulo.
– É preciso fazer um exame de rigidez mental? Sem dúvida. Para saber se o garoto estava em sã consciência, porque nós também utilizamos o critério biológico para o menor de idade. Então, é um critério para política criminal. Leva-se em consideração o momento mental do adolescente, isso tudo tem que ser analisado, sem dúvida, com muita seriedade. O Ministério Público fará isso e vamos aguardar o laudo – disse o delegado.
A tranquilidade do jovem em relatar os crimes chamou a atenção da polícia.
– O estado anímico dele, quando foi efetivamente entrevistado, num primeiro momento, ele estava tranquilo. Então, ele acabou confessando o que houve. O remorso é uma questão bastante difícil de a gente estabelecer aqui. É difícil a gente imaginar que você matou os pais e teve tranquilidade para poder falar sobre isso aí. É um caso que sempre choca – afirmou Roberto Afonso.
De acordo com ele, “a solicitação do exame de rigidez é um incidente que a polícia pode até provocar. Não tem a necessidade de esperar os três anos de internação dele na Fundação Casa”.
– Pode-se fazer o quanto antes, para saber o que podemos estipular com relação à penalização ou não de um adolescente que sofre de alguma coisa – completou.