O advogado Fabio Wajngarten, que integra a equipe de defesa de Jair Bolsonaro (PL), vai pedir uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para explicar pessoalmente a estadia do ex-presidente na embaixada da Hungria, em fevereiro.
Wajngarten desembarcou em Brasília na manhã desta quarta (27) segundo confirmou à Gazeta do Povo após ter mencionado a intenção à CNN Brasil. Moraes deu um prazo até o final do dia para a defesa de Bolsonaro protocolar uma explicação.
“Vou tentar despachar a petição pessoalmente com o gabinete do ministro Alexandre ou com o próprio ministro para que fique absolutamente esclarecido o ocorrido e não paire nenhuma dúvida”, disse Wajngarten.
Desde segunda (25), quando o caso veio à tona após revelação do jornal The New York Times (NYT), a defesa de Bolsonaro alega que ele foi convidado pelo embaixador húngaro, Miklós Halmai, para tratar de assuntos dos dois países.
O próprio ex-presidente também se explicou publicamente sobre a estadia de dois dias na embaixada, afirmando que tem boas relações internacionais e que mantém conversas com embaixadores. “Não há crime nenhum em dormir na embaixada, conversar com embaixador, tem algum crime nisso”, afirmou.
“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, completou a defesa em nota.
O NYT afirma que analisou imagens de três dias gravadas por quatro câmeras. Nas gravações, Bolsonaro aparece chegando na embaixada na noite de 12 de fevereiro e saiu dois dias depois.
O jornal ainda comparou as imagens das câmeras com imagens de satélite que mostram o carro do ex-presidente estacionado na garagem no dia 13 de fevereiro.
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