Raul Marcolino, advogado de Luan Felipe Alves Pereira, policial militar preso por ter jogado Marcelo do Amaral de uma ponte, se manifestou, nesta quinta-feira, 5. Segundo ele, a corporação abandonou o PM. A defesa também disse que a prisão foi mantida em virtude do clamor público.
Além de Marcolino, Wanderley Alves compõe a defesa do soldado, em nome da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
“Em nosso entender, na verdade, é desnecessária a prisão dele”, afirmou Marcolino. “Ressaltamos isso, inclusive, porque ele é praça. É soldado da PM. Portanto, uma classe, em tese, vista como inferior.”
Imagens mostram ação do PM
Pereira jogou Amaral de uma ponte na Vila Clara, bairro de Cidade Ademar, distrito da zona sul de São Paulo. Imagens que mostram a ação do PM começaram a circular nas redes sociais na última segunda-feira, 2.
Ao jornal Folha de S.Paulo, Marcolino afirmou que policiais não têm amparo jurídico em casos como esse. “O PM do Estado de São Paulo não tem à disposição dele um departamento jurídico para apoiá-lo nessas situações”, disse. “Infelizmente, nessas horas, em que pese a gravidade, seja lá qual for, o PM se viu abandonado e condenado.”
Defesa disse que soldado deve ter julgamento digno
Além disso, o advogado afirmou que o soldado deve ter um julgamento digno. “Nossa associação não vai deixá-lo sozinho, independentemente do que ele tenha feito”, garantiu. “Porque, inclusive, é nesses momentos que o PM precisa de defesa, de defesa técnica, de advogado. Ressalto que, o Estado não confere isso a ele.”
Wanderley Alves, por sua vez, afirmou que a defesa vai apresentar um habeas corpus. “A decisão que manteve a prisão é verdadeira antecipação de pena”, disse Marcolino. “Até porque o policial já estava cumprindo expediente na Corregedoria e tem colaborado nas investigações.”