A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou na noite de quarta-feira (18) que a Polícia Federal (PF) investigue a disseminação de uma notícia falsa envolvendo o economista Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central (BC).
Segundo a AGU, o suposto “conteúdo enganoso”, compartilhado nas redes sociais, interferiu negativamente nas medidas do Governo Lula (PT) para controlar a alta recente do dólar.
O material falso atribuía a Galípolo a seguinte fala: “A moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influencia que o dólar exerce no nosso mercado”.
Dizia também, de acordo com a AGU, que Galípolo chamou o dólar de “moeda estadunidense” e que previa uma cotação a R$ 5. Nesta quarta, o dólar passou de R$ 6,26, um recorde histórico.
“A desinformação, ao interferir diretamente na percepção do mercado, comprometeu a eficácia da política pública federal de estabilização cambial, evidenciando o elevado potencial lesivo de boatos neste contexto”, escreveu a AGU em nota.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que investigue as postagens que divulgaram informações falsas sobre Gabriel Galípolo. O objetivo é apurar possíveis impactos dessas fake news no mercado financeiro.
“Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais”, escreveu a AGU para a PF.
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