O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta quinta-feira (26) manter a prisão do general Mário Fernandes, um dos investigados no inquérito sobre o suposto planejamento de um golpe de Estado.
Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também recomendava a continuidade da prisão. O ministro argumentou que as circunstâncias que justificaram a decretação da detenção no mês passado permanecem inalteradas.
Segundo ele, a defesa não apresentou nenhum fato novo que pudesse afastar a necessidade de manter a custódia cautelar, destacando a importância de resguardar a ordem pública e a instrução processual penal, conforme as evidências dos autos.
De acordo com as investigações, Mário Fernandes revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria dado aval para um plano golpista até 31 de dezembro de 2022. Em um áudio enviado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Fernandes afirmou que o ex-presidente lhe disse que a “ação” poderia ocorrer até o último dia de seu mandato.
Durante o governo Bolsonaro, o general exerceu o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República e, segundo a Polícia Federal, foi responsável pela elaboração de um documento intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que detalhava um plano voltado para o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do STF, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em sua defesa ao STF, a defesa de Mário Fernandes argumentou que o plano “Punhal Verde e Amarelo” nunca foi apresentado a ninguém e que, de acordo com a Polícia Federal, tratava-se apenas de uma operação para a execução de um suposto plano.
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