O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta semana um novo pedido de liberdade apresentado pela defesa do general Walter Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro de 2024. O militar é réu por suposta participação na tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
A defesa de Braga Netto alegou que, com o encerramento da fase de investigações, não haveria mais fundamentos para a manutenção da prisão preventiva. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária à soltura, sustentando que ainda há risco de interferência nas apurações.
Na decisão, Moraes citou o depoimento recente do ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior. Segundo o brigadeiro, Braga Netto teria atuado nos bastidores incentivando pressões e críticas nas redes sociais contra militares que se recusaram a aderir ao plano golpista. Para o ministro, o relato reforça a necessidade de manter o general detido.
Ex-ministro da Defesa e ex-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, Braga Netto é apontado como integrante do núcleo que articulou medidas para impedir a transição democrática após o pleito presidencial. A prisão do general é considerada uma das mais simbólicas no âmbito do inquérito que apura os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Alexandre de Moraes nega liberdade ao General Braga Netto
