O relator do PL da Dosimetria, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) declarou que não há qualquer possibilidade que o projeto viabilize a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026. A fala ocorreu após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) condicionar sua desistência da corrida presidencial à anistia e à restauração dos direitos políticos do pai.
– Eu vi uma declaração dele de que quer o pai dele na urna. Isso jamais vai existir. Não tem como acontecer isso. Não há força política para fazer esse movimento no Congresso. Esquece a anistia; não há nenhuma possibilidade de se aprovar – declarou Paulinho da Força.
O parlamentar defende que, ainda que a anistia tivesse apoio na Câmara, o projeto seria barrado no Senado e declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O congressista afirma que a melhor chance do ex-presidente é apoiar o debate sobre a dosimetria das penas, o que permitiria a redução de penas e possibilitaria que o ex-chefe do Executivo articulasse cumprimento de prisão domiciliar.
– Com isso, ganha-se espaço para que os advogados dele conversem, negociem, peçam ao Supremo que ele possa cumprir em casa. Agora, anistia? Esquece. Zero – descartou.
Apesar de considerar que a anistia não possui força política suficiente, ele afirmou entender a motivação de Flávio Bolsonaro, pois “qualquer um de nós que tivesse o pai preso estaria fazendo a mesma coisa ou até mais”.