Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta segunda-feira (7) a suspensão de todos os lotes do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e amplia o número de produtos vetados em 2025. Com essa nova interdição, chega a 20 o número de marcas de azeite alvo de restrições neste ano — metade por decisão da Anvisa e as demais pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo a Anvisa, o azeite da marca tem origem desconhecida, apresenta rótulo irregular e é importado pela Intralogística Distribuidora Concept LTDA, empresa cujo CNPJ encontra-se suspenso.
Em nota, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) informou não ter qualquer relação com o produto interditado. A entidade ainda destacou que a denominação “Vale dos Vinhedos” é uma indicação geográfica exclusiva para vinhos finos produzidos na região, e que o uso do nome em azeites ou outros produtos não autorizados pode configurar infração legal. O setor jurídico da associação está avaliando o caso.
Além do azeite, a Anvisa também determinou a retirada de outros produtos do mercado:
- Molho de alho Qualitá (lote 29, validade até janeiro de 2026): apresentou presença de dióxido de enxofre, aditivo proibido nesse tipo de alimento;
- Polpa de morango De Marchi (lote 09437-181): suspensa por conter matéria estranha não especificada;
- Champignon Imperador (lote 241023CHI): excedeu o limite permitido de dióxido de enxofre.
Nenhuma das empresas responsáveis pelos produtos se manifestou até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para atualizações.
Para enfrentar essas irregularidades, os órgãos federais vêm intensificando a fiscalização de alimentos em circulação no país. A Anvisa atua principalmente em questões sanitárias, como composição e rotulagem dos produtos, enquanto o Mapa concentra esforços em combater fraudes econômicas, como a adulteração do azeite com outros tipos de óleo. As ações incluem coletas, análises laboratoriais e, quando necessário, apoio das forças policiais. Produtos irregulares são recolhidos e o consumidor pode ser ressarcido.