A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização, fabricação, distribuição, propaganda, importação e uso de cinco produtos no Brasil, incluindo medicamentos e um suplemento alimentar. A decisão foi publicada na última sexta-feira (18.jul.2025) no Diário Oficial da União.
Entre os itens proibidos está o Xarope da Vovó/Xarope da Vovó Isabel, cuja origem é desconhecida. Segundo a agência, o produto vinha sendo divulgado e vendido sem qualquer registro, notificação ou cadastro na Anvisa, o que torna sua circulação ilegal no país.
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(Divulgação)
Outros três produtos – Colágeno + Vitamina C, L-Treonato de Magnésio e Espinheira Santa – também foram suspensos. Eles seriam de responsabilidade do Grupo Nutra Nutri Ltda., que, segundo a Anvisa, não possui autorização de funcionamento para a fabricação de medicamentos, um requisito legal obrigatório. Além disso, os produtos estavam sendo comercializados sem registro junto ao órgão.
Em nota, o Grupo Nutra Nutri alegou que seu nome e CNPJ “estariam sendo usados indevidamente em alguns produtos sem registro”, e que não é o verdadeiro responsável pela produção e venda desses itens. A empresa afirmou que seus advogados já iniciaram ações para identificar os autores da fraude e que entrou em contato com a Anvisa para esclarecer a situação.
Também foi determinada a suspensão e o recolhimento de todos os lotes do suplemento Curcumyn Long (extrato de cúrcuma longa 95%), supostamente fabricado pela empresa Akron Pharma Ltda. Uma inspeção da Anvisa constatou que o produto “não atende às especificações referenciadas na legislação quanto à forma de obtenção”.
Em resposta, a Akron Pharma declarou que a medida adotada é preventiva e que “não há qualquer conclusão definitiva acerca da não conformidade ou sobre risco à saúde dos consumidores”. A empresa acrescentou que está reunindo documentos técnicos e elementos probatórios para demonstrar “a conformidade, integridade e segurança” do produto. Afirmou ainda que, caso seja encontrada alguma “irregularidade de ordem formal”, tomará as providências necessárias “com total transparência perante os órgãos de fiscalização e o público consumidor”.