Durante o evento em comemoração ao Dia do Trabalhador, organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou incômodo com a mobilização realizada para o ato. Segundo o presidente, a convocação para o evento de 1º de Maio, realizado no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, não foi feita adequadamente, resultando em uma redução no público presente.
Ao apresentar seus ministros no palco, Lula abordou o assunto, mencionando que discutiu a questão com Márcio Macedo, titular da Secretaria-Geral da Presidência, tentando minimizar o problema de falar para menos pessoas do que o esperado.
“Ele (Márcio Macedo) é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele: ‘Oh Márcio, o ato está mal convocado. O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com um milhão (de pessoas), mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente pra conversar com a gente”, disse.
Antes da fala de Lula, outros dirigentes de centrais defenderam maior presença de grupos de esquerda nas ruas, em contraposição aos atos de direita convocados por Jair Bolsonaro, ainda que sem citá-lo.
Além de Lula e Macedo, também estavam presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), André Fufuca (Esportes), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Paulo Pimenta (Comunicações). O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato de Lula nas eleições em São Paulo também compareceu e discursou.