Após megaoperação no Rio, Alcolumbre determina instalação de CPI do crime organizado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou nesta quarta-feira (29) a criação da CPI do Crime Organizado, após a operação policial no Rio de Janeiro que deixou mais de 130 mortos em ações contra o Comando Vermelho (CV).


“Determinei a instalação da CPI do Crime Organizado para a próxima terça-feira (4), em entendimento com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE)”, declarou Alcolumbre.

De acordo com o presidente do Senado, a comissão terá como objetivo “apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções”.

“É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, completou o senador.

A instalação da CPI está prevista para terça-feira, 4 de novembro, e deve contar com representantes de diversos partidos. A iniciativa reflete a preocupação crescente do Congresso com o avanço da criminalidade organizada e o impacto das ações de facções em diferentes estados.

Crise na segurança pública do Rio de Janeiro

O anúncio ocorre em meio à repercussão da operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, que teve como alvo o Comando Vermelho. Segundo o governo estadual, a ação resultou em centenas de mortos, dezenas de prisões e grandes apreensões de armas e drogas.

Diante da escalada da violência, o governo federal enviou nesta quarta-feira uma comitiva ao Rio para se reunir com o governador Cláudio Castro (PL) e discutir medidas de enfrentamento à criminalidade.


ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou “estarrecido” com o número de mortos e a dimensão da operação.

“O presidente Lula ficou estarrecido com o alto número de mortes na força-tarefa”, disse Lewandowski. Ele também destacou que o mandatário ficou surpreso com o fato de uma operação dessa dimensão ter sido realizada sem conhecimento oficial prévio do governo federal.

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