O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) que teve um encontro “incrível” na Coreia do Sul com o líder chinês Xi Jinping, onde ficou acertado que os americanos reduzirão de 20% para 10% as tarifas impostas à potência asiática em retaliação pelo tráfico de fentanil.
A bordo do Air Force One, de volta a Washington, Trump garantiu que Xi se comprometeu a reforçar os controles sobre este opioide que, segundo os Estados Unidos, é produzido por cartéis mexicanos a partir de precursores químicos obtidos na China. Ao reduzir esta seção de tarifas, os encargos totais que os Estados Unidos mantêm sobre a China caem de 57% para 47%.
Trump também mencionou um acordo para que a China retome a compra de soja dos Estados Unidos, que havia sido suspensa em maio após a imposição de tarifas aos chineses. O líder americano, que disse que se reunirá novamente com Xi em abril do próximo ano na China, revelou ainda que ele e Xi não discutiram a questão de Taiwan, uma ilha autogovernada que Pequim considera uma província rebelde.
O presidente dos Estados Unidos disse ainda que “já não há mais restrições às terras raras”, cujas exportações foram limitadas pela China no âmbito da guerra comercial.
– Todo o assunto das terras raras foi resolvido. Não há mais restrições às terras raras – afirmou Trump.
A China, que ainda não se pronunciou sobre os comentários de Trump após a reunião com Xi, controla mais de 70% da produção mundial e quase 90% do processamento destes minerais, e impôs controles à exportação que foram criticados por Washington e pela União Europeia (UE).
O encontro presencial desta quinta-feira, o primeiro que mantêm desde que o republicano regressou ao poder, ocorreu na base aérea de Gimhae, na cidade sul-coreana de Busan. Após a reunião, que durou quase duas horas, o presidente chinês deixou o aeroporto com destino à cidade sul-coreana de Gyeongju, sede da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), enquanto Trump voltou aos EUA.
Esta foi a primeira vez que os líderes se encontraram desde o G20 de Osaka, no Japão, em 2019, durante o primeiro mandato de Trump.