A declaração foi dada após Tarcísio visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, pela primeira vez desde a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. O encontro, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, contou também com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).
“Sou candidato à reeleição em São Paulo. Vim visitar um amigo, uma pessoa importante na minha trajetória. Os amigos precisam estar juntos nos momentos bons e também nos momentos ruins”, afirmou o governador.
Durante o encontro, Tarcísio disse ter ido prestar solidariedade a Bolsonaro em um momento difícil. Ele também mencionou que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde, com soluços frequentes, consequência das cirurgias após o atentado de 2018.
Flávio Bolsonaro condicionou qualquer definição sobre o candidato presidencial da direita em 2026 ao desfecho do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O senador rejeitou o texto em discussão na Câmara, que prevê apenas redução de penas, e defendeu um perdão amplo, incluindo o pai:
“Essa história já foi longe demais, então você não pode falar em redução de penas de dois crimes, quando tem pessoas que estão presas por organização criminosa armada, gente que nunca usou arma de fogo, depredação de patrimônio público, pessoas que nem estavam em Brasília, é uma grande injustiça.”
Tarcísio também defendeu a anistia como um “caminho de pacificação”, mas ressaltou que o tema não foi discutido na visita. A reunião durou cerca de três horas no condomínio do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília.
O encontro marca uma redução da exposição de Tarcísio como presidenciável, diante da resistência da família Bolsonaro em abrir mão do protagonismo para 2026. No Congresso, o bolsonarismo ainda aposta em uma anistia total, embora líderes admitam que o tema perdeu espaço para a proposta de redução de penas.
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