Aprovar anistia seria golpe parlamentar, diz Lindbergh

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que aprovação da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023 seria equivalente a um “golpe parlamentar”. A declaração ocorreu nesta quarta-feira (3), logo após Lindbergh assistir à sustentação oral da defesa de Jair Bolsonaro (PL) no julgamento do suposto golpe de Estado.

Na ocasião, Farias disse a jornalistas no Supremo Tribunal Federal (STF) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está adotando uma conduta desrespeitosa para com a Corte ao assumir as articulações em favor da proposta.


– Eu me recuso a acreditar que isso seja pautado. Isso é uma interferência indevida. Seria uma espécie de golpe parlamentar. O governador de São Paulo está, na minha opinião, numa conduta que não é de governador de São Paulo. Devia ser uma conduta de respeito ao Supremo Tribunal Federal. Um julgamento histórico que deve levar à condenação um ex-presidente da República. Então, nós temos uma articulação claramente ilegal e inconstitucional – avaliou.

O deputado disse ter saído “abismado” da reunião de líderes legislativos, pois foi “falado abertamente” que o projeto deve ser pautado após o julgamento. Ele disse que o governo irá “trabalhar muito” para impedir a aprovação da proposta e em favor de “todos os que querem a democracia restaurada”.

Os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Fernanda Melchionna (PSol-RS), que acompanhavam Lindbergh na ocasião também criticaram a possibilidade de anistia.


– Votar anistia na Câmara dos Deputados é uma provocação que vai elevar a temperatura, vai agravar a crise e o que é mais grave, vai sinalizar que o Congresso Nacional Brasileiro é cúmplice de um crime – opinou Orlando Silva.

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