Ataque ao sistema de pagamento desviou R$ 1,2 milhão do TSE

No dia 16 de abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi alvo de desvio de recursos públicos no valor de R$ 1,2 milhão. O caso foi revelado pelo jornal O Estadão na quinta-feira (25).

O montante, originalmente destinado a uma empresa de tecnologia de informação terceirizada pelo TSE em Brasília, foi redirecionado para três contas bancárias pertencentes a diferentes empresas e pessoas físicas.


O crime contribui para um total de R$ 15,2 milhões desviados da União após um ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Até o momento, apenas R$ 2 milhões foram recuperados.

A Justiça Eleitoral não possui controle sobre a segurança e tecnologia do Siafi, uma plataforma utilizada por todos os órgãos do governo federal para efetuar pagamentos.

Do valor desviado, R$ 14 milhões foram provenientes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do TSE, com recursos que deveriam ser destinados ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), uma empresa pública de tecnologia.

No caso mais recente, os R$ 1,2 milhão estavam designados para a G4F, outra empresa de tecnologia de informação contratada pelo TSE em Brasília.

No entanto, esses fundos acabaram sendo direcionados para três contas bancárias não associadas ao fornecedor original.

Suspeita-se que informações pessoais, incluindo nomes, CPFs, CNPJs e chaves Pix, tenham sido utilizadas indevidamente para receber os fundos desviados.

Todos esses desvios foram realizados por meio de transferências Pix, um método em que o dinheiro é transferido da conta da União para a conta do destinatário instantaneamente.

O TSE declarou que o caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e está sob sigilo.


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