O Comitê de Investigação da Rússia abriu um processo judicial nesta quarta-feira, 3, em relação ao ataque com drones realizado contra a residência do presidente russo no Kremlin. As autoridades russas classificaram o ataque como um “ato terrorista” e responsabilizaram a Ucrânia pelo ocorrido. A Presidência russa acusou a Ucrânia de tentar assassinar Vladimir Putin, acusação que foi negada por Kiev.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em entrevista coletiva na Finlândia, disse que não foi seu país que atacou Putin ou Moscou, mas sim defendeu seus próprios territórios. Ele se reuniu com líderes de Estado da Finlândia, Dinamarca, Suécia, Noruega e Islândia.
No entanto, autoridades russas de alto escalão, incluindo o vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, pediram ação firme por parte de Putin, sugerindo o uso de armas capazes de “destruir” as autoridades ucranianas ou levar à “eliminação física” de Zelensky. O governo russo afirmou que se reserva o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando considerar apropriado.
Enquanto isso, o governo ucraniano negou envolvimento no ataque com drones contra o Kremlin. Há suspeitas crescentes de que o ataque possa ter sido uma false flag russa para justificar novos ataques ou uma ação de dissidentes russos, apoiados ou não por ucranianos. Um vídeo divulgado pela imprensa mostra dois homens subindo o domo do Kremlin no momento em que um drone explode.
O ataque com drones contra o Kremlin aumenta as tensões entre Rússia e Ucrânia, que já travam conflitos há anos. A comunidade internacional, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, teme que a situação possa piorar ainda mais e faz apelos pela paz e diálogo entre os dois países.