Pelo menos 19 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas após a queda de um avião de treinamento da Força Aérea de Bangladesh em um campus escolar na capital Daca, nesta segunda-feira (21), segundo autoridades locais. O acidente ocorreu por volta das 13h06 (horário local) na Milestone School and College, no bairro de Uttara, ao norte da cidade.
De acordo com o Departamento de Relações Públicas dos militares, a aeronave F-7 BGI, utilizada para treinamento, caiu logo após a decolagem. Vídeos divulgados após o acidente mostram um incêndio de grandes proporções e uma espessa nuvem de fumaça no local. As imagens indicam que o avião atingiu a lateral de um prédio, destruindo parte da estrutura e danificando grades de ferro.
“Um estudante da terceira série foi trazido morto e três outros, de 12, 14 e 40 anos, foram internados no hospital”, informou Bidhan Sarker, chefe da unidade de queimados do Instituto Nacional de Queimaduras e Cirurgia Plástica, onde parte das vítimas foi atendida. Segundo ele, muitos dos feridos sofreram queimaduras graves.
Relatos de testemunhas apontam momentos de pânico logo após o impacto. “Quando eu estava pegando minhas crianças e fui até o portão, percebi que algo vinha de trás… ouvi uma explosão. Quando olhei para trás, só vi fogo e fumaça”, relatou Masud Tarik, professor da escola.
O chefe do governo interino de Bangladesh, Muhammad Yunus, expressou pesar pelo acidente e prometeu providências. “Serão tomadas as medidas necessárias para investigar a causa do acidente e garantir todo tipo de assistência”, afirmou. “A perda sofrida pela Força Aérea… alunos, pais, professores, funcionários e outros neste acidente é irreparável.”
As autoridades não confirmaram o número de vítimas a bordo da aeronave. O local segue isolado para trabalhos de resgate e perícia.
Este é o segundo grave acidente aéreo na região em pouco mais de um mês. Em junho, um avião da Air India caiu sobre um alojamento de uma faculdade de medicina em Ahmedabad, na Índia, deixando 260 mortos — sendo 241 ocupantes da aeronave e 19 pessoas em solo — no pior desastre da aviação mundial em uma década.