O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizará uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (11), diante da pressão de membros de seu próprio partido para que ele desista da corrida presidencial. Marcada para as 18h30 (horário de Brasília), a entrevista está sendo vista como um momento crucial da campanha do democrata.
De acordo com a Associated Press, Biden se reuniu nesta quarta (10), com o conselho executivo da AFL-CIO, a maior federação de sindicatos dos Estados Unidos, a fim de angariar apoio.
Ao que tudo indica, a coletiva não será para anunciar a desistência, mas sim a permanência de Biden no pleito norte-americano, ignorando totalmente os pedidos para que se retire da disputa à reeleição e abra caminho para um novo candidato.
Os pedidos públicos mais recentes vieram nesta quarta, do primeiro democrata do Senado, Peter Welch, de Vermont, e um nono democrata da Câmara, o deputado Earl Blumenauer, do Oregon. Os políticos solicitaram que Biden encerrasse sua campanha.
– Eu entendo por que o presidente Biden quer concorrer. Ele nos salvou de Donald Trump uma vez e quer fazer isso novamente. Mas ele precisa reavaliar se é o melhor candidato para isso. Na minha opinião, ele não é. Pelo bem do país, estou pedindo ao presidente Biden que se retire da corrida – escreveu Peter Welch em artigo publicado no Washington Post.
Tem até ator de Hollywood fazendo coro para a desistência do presidente de 81 anos. O ator e diretor George Clooney, um democrata confesso, disse, em um artigo de opinião publicado no jornal The New York Times desta quarta, que Biden “venceu muitas das batalhas que enfrentou”, mas que “a única batalha” que ele não pode vencer é “a luta contra o tempo”.
Biden enfrentou no fim de junho o candidato republicano à presidência Donald Trump em um debate que, para muitos, incluindo um grande segmento de líderes democratas, deixou claro que o presidente deveria se retirar da disputa. A coletiva desta quinta servirá como um escrutínio das capacidades físicas e cognitivas do democrata.