O ex-presidente Jair Bolsonaro tem reiterado que sua principal missão como líder da direita é eleger um número expressivo de candidatos ao Senado em 2026, visando a maioria no plenário no ano seguinte. Como o eleitor poderá votar em dois nomes, o ex-presidente espera, sempre que possível, dobrar a opção conservadora. A corrida pela definição dos candidatos já começou e deve ser intensificada com a manifestação do próximo domingo (16) no Rio de Janeiro, onde possíveis candidatos estarão presentes.
Com 54 das 81 cadeiras do Senado em disputa, o ex-presidente tem intensificado as suas ações desde o fim das eleições municipais para definir o quanto antes quais serão as candidaturas majoritárias e competitivas do PL – e até de outras siglas – em todos os estados mais o Distrito Federal.
O foco dessa estratégia é consolidar um novo perfil para o Senado, inclinado à direita, de modo a garantir a escolha do próximo presidente da Casa com essa característica e, assim, viabilizar a abertura de processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atualmente, a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado composta por senadores de direita e centro-direita representa pouco mais de um terço dos 81 parlamentares, variando entre 28 e 35 votos contrários à esquerda, conforme o histórico de votações. Considerando apenas os blocos partidários, o Aliança (PP-Republicanos) e o Vanguarda (PL-Novo), eles são apenas 25 senadores.
A esse grupo, somam-se até 10 oposicionistas e independentes de legendas como União Brasil, Podemos, PSDB e até PSD, mas o total ainda insuficiente para alcançar a maioria de 41 votos no plenário. Por causa disso e pela indisposição do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco de entrar em confronto com o STF, nenhum projeto para limitar os poderes da Corte chegou a ter chance de ser aprovado no Senado.
*Informação Gazeta do Povo