Bolsonaro critica condenação de Débora dos Santos a 14 anos de prisão pelo STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais para criticar a prisão de Débora dos Santos, detida após pichar a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) com a frase “perdeu, mané”, durante os atos de 8 de janeiro. Débora está presa preventivamente há dois anos, e Bolsonaro questionou a ausência da cabeleireira de seus dois filhos, criticando os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que pediram a condenação da ré a 14 anos de prisão.

Em um vídeo compartilhado por Bolsonaro, a mãe de Débora disse sentir saudade da filha, enquanto os netos pedem em oração pelo retorno da mãe. Débora foi presa pela Polícia Federal em 17 de março de 2023, no âmbito da operação que investiga os ataques aos prédios dos Três Poderes.

“Débora se deita e acorda sem ver seus filhos. Está há 2 anos cumprindo preventiva”, disse o presidente em rede social. “Moraes e Dino já deram seus votos para condená-la a mais 14 anos de prisão”, acrescenta.


Em uma outra mensagem, Bolsonaro pede orações para Débora

“Peço aos pastores, padres e líderes espirituais de todo o Brasil que levantem um clamor sincero diante de Deus e orem pela vida de Débora Rodrigues e de tantos outros presos políticos que hoje estão privados de sua liberdade e são tratados injustamente como criminosos”, escreveu Bolsonaro.

“Não esqueçam também de seus familiares: mães que choram, filhos que sentem o vazio de um abraço, esposos e esposas que se deitam à noite com o coração despedaçado, sem saber se haverá justiça ao amanhecer. Eles carregam o peso do sofrimento em silêncio, mas nós podemos e devemos carregar esse fardo junto com eles em oração e clamor a Deus”, prosseguiu.

“Sou um homem de 70 anos e se tem uma coisa que aprendi na minha vida é que Deus age quando o seu povo ora com fé e unidade. Coloquem os nomes dessas pessoas nas intenções das missas e dos cultos, lembrem deles nas reuniões de oração e de intercessão, peçam às suas congregações que orem por essas pessoas, rezem por elas nas madrugadas… Deus há de fazer justiça!”, acrescenta.

Alexandre de Moraes votou pela condenação de Débora por todos os crimes atribuídos pela Procuradoria Geral da República, os mesmos pelos quais o ex-presidente e outros 33 envolvidos na suposta tentativa de golpe em 2022 estão sendo julgados. Segundo o ministro, as imagens mostram a participação ativa de Débora nos atos antidemocráticos que visavam a derrubada do Estado Democrático de Direito.

A defesa de Débora argumenta que não há provas suficientes para incriminá-la pelos crimes mencionados, alegando que o único instrumento utilizado na pichação foi um batom. Não há registros visuais de Débora dentro das sedes dos Três Poderes, apenas fotos dela na Praça dos Três Poderes.

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